A
neve girava e rodopiava como cinzas na lareira e as paredes estavam húmidas, tu
eras um anjo de olhos macerados e os teus suspiros incendiaram a sala; eu
Estava inerte, estava
Inerte
Confluências de fios tapavam as janelas e o frio
badalava impiedosamente sobre a pele e as roupas moles; houve luz. Houve uma
preponderância do desejo, e um nome em forma de questão, o teu, e foste-te.
Poetizei, imaginei, a casa engoliu-se numa pirâmide.
Os olhos, presos nos montes, escravos dos céus,
escorrendo pelos caminhos e ruas de pedra, diluindo-se na lama e na erva,
incógnitos como a chuva – não se falou mais disto. Abandonou-se mais um país.
As
fronteiras éter.
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