terça-feira, 27 de julho de 2010

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Oneohtrix Point Never - Rifts

Saquei este álbum em Fevereiro e percebi logo a mind trip que se adivinhava, mas fui paciente e deixei-o a marinar. Nestes dias, algo clicou e consigo neste momento apreciá-lo, embora o use meramente como ferramenta de trabalho (escrita) - ou quase baixinho na aparelhagem, enquanto paro para fumar um cigarro na varanda. E ele vai fazendo a cena dele.

Basicamente, se não estou em erro (recuso-me a que a net me responda) é um álbum conceptual de uns eurofags quaisquer a simular os efeitos que a exposição prolongada no espaço faz a astronautas deixados lá em cima indefinidamente. Começa bem bonitinho; mas é quando a segunda canção entra que percebemos porque é que o álbum é conceptual - e uma obra ímpar. É que parece mesmo que estamos a ver, da nossa cápsula, o nascer do Sol pela primeira vez fora da Terra. O que se segue é pura bliss. Depois vem a demência, a fome, e a falta de linguagem para percebermos o que verdadeiramente se passa. O álbum continua a espraiar-se, a desenvolver as suas paisagens sónicas durante o tempo que bem entender, e quando vamos

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