terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Let's Experiment: Fim.

No fim do tempo há introduções a quente e
memórias desvanecidas sem condição ou ordem que
sem dono agora
rugem e
andam e
falam como coisas
vivas Há
imagens de arquitecturas e janelas quebradas a meio
Há algum tempo atrás quando o tempo
ainda tinha um nome Via-se o tempo nos olhos
das tempestades e do céu e esse tempo tinha cor e cheiro tinha
Nomes tinha início
e fim Vêm-se entropias e indiferenças
perante os castelos de sanidade destruídos encapsulados
Em caixas são provas de que os quartos sem portas
existem e havia também tormentas de outros fins alguns
impérios, alguns
As coisas são sempre cheias de força.
Rectas ou curvas as coisas insurgem-se e gostam de toda
a matéria ainda que cada - cada pormenor pareça
a foda
da incompreensão
total.
Havia arquivistas há-os ainda pelo menos sozinho aqui Eu
Mas desisto e sei
Que vou voltar.
Sei que no limbo há coisas novas para explorar.
Sei que cada periodo e cada espaço e cada nave
E cada
faca são interacções
os sonhos devoraram a vida toda e morreram nesta praia ela
raia o final perfeito
Aqui chegados - suicidaram-se, o que é o sonho sem a miragem sem
a contemplação do improvável.

Intocável, a fortaleza no fim do tempo
ou inexpugnável Mas
as respostas deixei-as para o antes
Para a dúvida da beleza e para
a certeza das viúvas
para o absoluto da morte e para a conjugação final de mais um
êxtase
O
fim não é o fim
Disse o tolo
E esse porque
não sabe nunca
Mente.

4 comentários:

Tigre Azul disse...

podemos supôr a banda sonora aconselhada para a leitura.

Anônimo disse...

I read this as if there's a heavy veil between its actual meaning and what meager meaning I'm able to grasp/perceive. But even so, this is pretty powerful stuff. I like it.

Tigre Azul disse...

you would not believe how fucked up was he translation to english.

also: it sounds fucking pretentious.

Anônimo disse...

Ummm...I wouldn't say it sounds THAT pretentious.......LOL

The thing is, even with the horror of Google Translator aside, it's always pretty difficult to get a translation "right" when it comes to literature and poetry. Case in point: the Penguin translation of Proust's "À la recherche du temps perdu". Sometimes you just gotta take from it what you can....and hope for the best. That's my philosophy. :)