domingo, 13 de fevereiro de 2011

O papagaio de fogo, parte 1/inacabado

Está um vidro estilhaçado na janela reveste a luz das paredes, uma concentração dirimida por duas sombras uma, dentro outra, fora Homem no lado interior da janela uma mulher do lado de fora, do lado do vidro estilhaçado anterior à janela, noutra janela aberta noutro prédio ela nasceu numa miríade de janelas, estavam sete pessoas no quarto e três delas eram verdadeiramente monstros. Noção nublada de um lado a, mulher do outro o homem ambos os vidros um estilhaçado, surripia-se entre o homem uma arfada de passa o tempo implacável ar. Implacável como a mulher de outro tempo enquanto cai álcool sobre os olhos a boca a língua do seu passado exactamente antes de o vidro se estilhaçar, invocando-se os nomes é claro, separa-os o presente-passado que se intrometeu nas suas vidas talvez ele fosse ela antes do respirar fogo, o fogo exige o sonho mas confunde-se com o calor então, tudo é real ou pode ser real à mesma. Foi um milagre, aleluia, que o tipo de fogo é ou seria, e seria ele ou ela, o fogo; aleluia; respira, a mulher o homem inspira ante a falta de outros monstros homens ou animais também se julga queimar e alguém, abre a porta atrás de si o vento espalha-se (e) lambe as janelas fechadas ou, o vento foi ele que entrou ao invés de alguém ou algo cedo, deixará o homem de sentir falta daquilo, que não sabia. As suas costas fervilham, como árvores peludas. Talvez seja tarde demais para ele. Uma chama em forma de osso límpido quebra a falta de concentração claridade junto, as costas voltadas não só aos fragmentos que sente do passado imediato ao próprio, medo também de não querer virar-se, Incinera, louca de fome a, chama que chama a ele próprio numa bala de urgência da mulher ele chama com o calor da sujidade, nublada antes do vidro estilhaça a correcta desfragmentação do batimento do seu coração a cada projecção descoordenada com as ideias humanas da areia fundida cumprimentam algumas a epiderme mas não a amam e continuam antes ainda da projecção chocada de ar pelas, cordas vocais da garganta de forma estridente, e deselegante somos todos escaravelhos num mar de cobalto segreda-lhe ainda um ao rasar-lhe a orelha escaravelhos as, manchas solares servirão de testemunhas na acidez cega muscular pontos, de negro comprovados por uma língua de cortiça no banho de claridade e radiação, serão certos ou verdadeiros

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