segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma astuta observação ao álbum: Source Tags and Codes, ...The Trail of Dead, feito de memória ao som de The Weeknd - House of Balloons [1]

O álbum Source Tags and Codes é um sólido, muito bom álbum da banda de Austin, Texas, considerado pelos conhecedores - e "fãs" (existira mesmo ainda uma definição unitária sobre o que um "fã" é? - da banda como a sua obra mais conseguida. Uma Tour de Force de um peculiar rock que não leva os prefixos de punk, hard, prog, ou indie com ele. É uma viagem - no sentido em que há uma progressão ambiental desde o início até ao seu apoteótico fim - que pode arrebatar os menos cínicos (e, enfim, sempre só esses, quando sempre se pede um esforço para apreciação de qualquer tipo de beleza).

E sem mais delongas, o álbum canção a canção:

1- Invocation abre o álbum, uma intro calma com piano, baixo, instrumental, não interessa. Alonga-se na condição de intro e proporciona o primeiro momento de beleza e calma na entrada do álbum. Cria também, automaticamente, um ambiente. Passamos para 2 - It Was There That I Saw You, que abre a rebentar numa batida não propriamente rápida, com a voz de Conrad - aguda, estranha, quase estridente - grita as primeiras palavras. Está a ser um álbum rock, isto, atípico pela intro mas até aqui nada de mais, até que - um gesto com tomates seguros. A canção morre a meio e transmuta-se, estes rapazes querem fazer algo diferente. Fica bem, também. Passamos para a 3- Another Morning Stoner, uma dos pontos altos do álbum. E está tudo lá, de verdade, quando se é gritado "What is forgiveness? It's just a dream! What is forgiveness? It's everything" bem no clímax da canção. Fica connosco. Passa para 4- Baudelarie, carefree rock song com poder, força, uma bridge não anunciada antes de 5- Homage. Força, poder, rock. Passemos para a segunda parte com 6- How Near How Far. Uma pérola áspera, para todos os efeitos, num momento em que o tom de rock forte, bem próprio, de voz singular já se impregnou em nós e sabemos o que podemos esperar ainda. 7- Life is Elsewhere. A primeira pausa e o primeiro corte do álbum. E passamos para a segunda parte com 8- Hearth in The Hand of the Matter, mais soturna, mais adulta, tal como 9- Monsoon. Temos a 10- Days of Being Wild e 11- Relative Ways a entrarem no crepúculo do álbum como bonitas, profundas canções, encorpadas mas com traços de candura. Estes gajos levam-se a sério e fizeram algo em que acreditam. Nós também, depois de lhes termo dado a difícil chance. Tudo termina com duas últimas notas de graça. A epifania quase constante que é ouvir 12- After The Laughter passando para o épico, delicioso fim com letra a ser cantada bem alto, ainda que cá dentro de 13- Source Tags and Codes.

Fim do álbum.

2 comentários:

S. disse...

WORLDS APART!


(era só isto que eu queria dizer).

Tigre Azul disse...

Pensei nisso, pensei nisso! Fica para a próxima!

(não era só isto que eu queria responder)