terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fábula da Máquina Suave.

Boomp3.com


passaste por mim e agora estou tão infeliz. partir ou ficar são apenas suposições; para quando voltarei a percorrer os caminhos talhados a vermelho e amarelo nas rotundas ao sabor dos carros? sendo de novo novo? Tão estupidamente novo?
Ha, as memórias por vezes são só interjeições; fugir delas é uma redundância. Como te ter e agarrar-te se nunca te tive mesmo quando foste minha? pouso o cigarro, aspiro o sovaco, estou pronto para me fazer suave e gorda, inútil e polida numa caixa de metal cheia de circunferências desenhadas pelo meu peito.
Está uma ventania de pó e amigdalites do calor que teima em ir. E não está ninguém
Não está ninguém para dar carinho a esta suave máquina
Esta suave máquina
paralítica quando caiu de um segundo andar quando estava numa trip de drogas, e depois...
Paralisada da cintura para baixo, era baterista e não tocou mais, virou-se para o clarinete e para a bebida
Mas ainda uma donzela, ainda uma máquina suave e com as suas utilidades (quais)
Pfa
Pfut
Pfa
Pgfut
Foste-te.

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