segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Let's Experiment: no espectro

1.O reflexo mostra que estamos perante uma presença de nível gama e nada disto pode significar algo de bom para mim, mas o meta-Zé está preparado para contar com o inesperado referindo como já disse o facto de me encontrar ainda numa fracção tempo-espacial em que as únicas coordenadas que tenho são a pobreza de azoto no ar e um pequeno humanóide que comunicou comigo fazendo sinais luminosos. Estou preso num planeta onde as ruínas de qualquer civilização existente se compõem de frágeis pedaços de rocha por transformar em pó abrigadas em gruta e distintos pedaços de ferrugem de metais que terão brilhado num tom esverdeado antes da corrupção. É o ano de 3412, e estou encarregado de me dirigir até à Terra-2 e questionar sobre os progressos de reanimação do nosso Sol, o seu suicídio físico iminente, mas tudo desapareceu. Este não pode ser o mesmo lugar ao qual vim um mês antes. Só podemos avançar em frente, e voltamos para trás ao mesmo ritmo, não pode haver qualquer corrupção espacial.

Onde estou?

2.É lógico que esta é a Terra 2 que, um mês antes, era constituída por dois pólos verdes de atmosfera e prosperidade de carbono. algo a destruiu e a certeza da humanidade não se regista sequer em ossadas. não quero voltar ainda para trás. O Sol continua, grande, vermelho, em fim de vida mas o resto - foi-se. Como recuperar uma civilização perdida? Como voltar atrás e avisar-me do meu futuro? Tenho de avançar em frente para conhecer a resposta. Ao tempo normal dobrado sobre mim na segurança do meu casulo. Vejamos o que acontece.

3. Os dias apenas passam.

4. A presença de nível gama fez-se sentir outra vez no espectro infravermelho, mas não há nada aqui. Não há memórias ou coisas, não há definições que me ajudem a compreender com os meus olhos de primata o que é e o que não é.

5. É um monstro de olhos cansados que me olha
Está sentado à minha frente e tem entre 5 e 6 metros de altura
Sentou-se em cima de um monte e não procurou contactar comigo
Deixei-me atrair pelos seus olho tristes e tento falar
Não me responde
Começa a desvanecer-se de novo no espectro infravermelho
Não tenho medo
Vou voltar para trás.
"O futuro é indiferente para o meu presente", e voltarei
Voltarei para te matar antes de destruires a Terra
Voltarei para cantar o teu fracasso e avançar
Até ao fim até ao fim do tempo ATÉ
ao fim do tempo

2 comentários:

S. disse...

Já ando com saudades de boa ficção científica, mundos fantásticos e mirabolantes, distorções espacio-temporais, novas, supernovas e galáxias distantes contidas todas na tua cabeça.

Tigre Azul disse...

=) mas tudo no passado!