quarta-feira, 10 de abril de 2013

Recensão Wakin On A Pretty Daze



















O novo álbum do Kurt Vile está bom o suficiente para gostar dele. Há aquela vontade meia estúpida de querer ir ao Youtube e pintalgar todo o texto no Facebook ou aqui no blog com a nova banda-sonora de manhãs em casa, a surfar pela internet e a prender com elásticos, na perna, pacotes de gel azul. As canções são grandes e não têm pressa de transmitir o sentimento de unidade. Mas têm alguma pressa, no geral. São a construção das mensagens que o Kurt Vile gosta de deixar em forma de letras, que ainda estou a avaliar.

Meio hipnóticas, com guitarras por todo o lado, e a sua voz de aborrecimento. Não há nenhum single incrível, não há grande fúria como havia no Smoke Ring For my Halo. Não houve aviso entre esse trabalho e os EPs. Acima de tudo, é Kurt Vile sólido, polido como nos habituou a partir do seu trabalho interior. Dá para nos levar com ele, descobrir cada recanto e esconderijo nas suas baladas despretensiosas sobre uma vida cheia de confusão e, para um gajo cada vez mais confuso como eu (spoiler alert I'm a boy ;) ) não posso pedir muito mais para, mais uma vez, me deslumbrar um pouco com um álbum.

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